Pinga: 190 gols pela Lusa e 250 pelo Vasco |
Arnaldo, o Pinga II, acabou para o Juventus. Em 1944 o Juventus de Arnaldo enfrentou a Portuguesa de Pinga. Resultado: 2x0 para o Moleque Travesso. José Lázaro ficou louco de vergonha e raiva com a vitória do irmão. Naquela noite a família Robles jantou sem ele. Pinga esperou que todos tivessem dormido para voltar para casa.
A rivalidade entre os dois acabou alguns anos depois. Arnaldo voltou para a Portuguesa e os irmãos participaram do ataque arrasador da Lusa que incuia Renato, Ninho e Simão. Entre 1944 e 1952 Pinga se tornaria o Maior artilheiro da história do Canindé. Com a camisa rubro-verde, marcou 132gols em campeonatos Paulistas, 18 no Rio-São Paulo, 16 em jogos internacionais e 24 nos amistosos. Total: 190 gols.
Nos anos 40 as disputas entre seleções estaduais tinham grande importância, e Pinga (já sem o "I") era titular absoluto da seleção paulista. Em 1949, chegou à seleção brasileiro como reserva para a disputa do Sul-Americano. foi cortado da seleção que perdeu a trágica Copa de 1950. Mas brilhou intensamente dois anos depois. Em 1952, o atacante da Portuguesa de Desportos foi não só campeão como artilheiro do Rio-São Paulo. Ganhou o Brasileiro com a seleção paulista. No Pan-Americano do Chile, entrava no meio dos jogos, substituindo Baltazar ou Ademir, e ajudou a ganhar aquele campeonato fazendo dois gols.
Em 1953, Pinga mudou de time, mas continuou na colônia lusitana. Foi transferido por um preço recorde para o Vasco da Gama. logo de cara ajudou o time a ganhar o Octogonal Rivadavia Correia Meyer. A final foi contra o São Paulo, no Maracanã: 2x1 para o Vasco com dois gols de Pinga.
Pinga fez tanto sucesso que apareceu na tradicional revista Seleções do Reader's Dígest em julho de 1953. Virou garoto propaganda da Gillette "Tech", o "apareljo de barbear tecnicamente perfeito". O meia esquerda da Lusa era descrito assim peça publicitária: "Temido pelos goleiros, devido às suas infiltrações rápidas e sempre perigosa, porque possui magnifica visão de gol".
Em 1954, seguiu para a Suíça com a camisa canarinho, mas a história da participação brasileira naquela Copa foi o fracasso que todos conhecem. A essa altura, Pinga estava mudando para a ponta esquerda do Vasco. Foi nessa posição que ele faturou o Carioca de 1956. Em 1957, ganhou dois torneios internacional pelo clube de São Januário: a Taça Tereza Herrera eo Torneio de Paris.
Pinga então chegou aos 34 anos e... fim de carreira? Ainda não. Em 1958 ganhou o Campeonato Carioca como artilheiro do Vasco. No total foram 250 gols pelo clube. Ele teria ainda uma volta às origens no bairro da Mooca, jogando pelo Juventus até encerrar a carreira, em 1964.
A última contribuição ao futebol foi pai de José Lazaro Robles Junior, o Ziza, que jogou no Juventus, no Guarani, Botafogo e Atlético Mineiro, antes de virar técnico no Catar. Quanto ao Pinga, o primeiro e único, faleceu aos 72 anos em São Paulo de causas desconhecidas, em 7 de maio de 1996.
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